Crônica: Por entre jardins e saberes

Em que outro lugar um título como este poderia descrever tão bem o que se passa em Nova Xavantina, mais especificamente no Câmpus de UNEMAT?
É aqui, nesse Câmpus entranhado no interior do Estado de Grosso que está a Mariney de Menezes, agrônoma, professora de Floricultura e Paisagismo nos Cursos de Agronomia e Engenharia Civil. E porque, entre tantos outros professores e tantos outros trabalhos, os jardins da professora Mariney estão em destaque aqui? Acredito que seja porque os jardins são passivos de analogia. E no construir jardins há poesia. E o nosso cotidiano não é carente de jardins floridos?

Caminhar por entre canteiros enquanto no mesmo espaço semeiam-se ideias e saberes não é um convite à filosofia? Nós, no dia-a-dia da vida acadêmica, ainda que não percebamos, nos deixamos embriagar pela simetria sinuosa dos caminhos dos jardins da vida ou, apenas sorrimos ao ver uma flor que entrega boas vindas à porta de entrada.
São esses jardins, feitos por Mariney e tantas outras mãos que nos dão as boas vindas no Câmpus da UNEMAT de Nova Xavantina. Mariney e outras pessoas. Todas em volta de um mesmo labor: fazer jardins para embelezar a praça, a rua, o palácio. Ou tão somente para aprender ou ensinar o ofício e entender que o jardim exige sacrifício. E depois, que Mariney, os acadêmicos e os amigos fazem seu trabalho com ideais e suor, todos podem ver. E é natural que quem veja admire o resultado.
É nesse Câmpus que agora pode-se andar por caminhos mais belos, mais puros, com zelo e esmero de quem quer agradar. É aqui que estão os canteiros floridos dividindo a cena com salas de aula lotadas com a juventude em flor.
Mariney nos ensina que os jardins, que precisam de cuidados diários e muita dedicação, são como nossas tarefas na vida. É preciso ser criativo, pró-ativo, disciplinado e nutrir por si mesmo um grande amor. Assim, desse modo, é possível plantar e colher.
Nossa! Esses jardins fazem a gente ficar inspirado. Só mesmo em Nova Xavantina, onde a UNEMAT planta esperança e realiza sonhos pode-se, quando tem-se vontade de só caminhar, andar por entre aromas de saberes e um mosaico em equilíbrio pleno.
Os jardins de Mariney de Menezes serão vistos e comentados. Os estagiários e bolsistas passarão e ela, Mariney se eternizará na arte de fazer um jardim ser como uma pintura plástica ou como um poema que só um artista é capaz de escrever e pintar.
Por Rubens José Bedin – Professor e Assessor de Cultura do Câmpus de Nova Xavantina-MT.