Fonte: http://lattes.cnpq.br/5399271067394555 |
A professora tornou-se referência para toda a comunidade acadêmica devido a sua ampla atuação em atividades de ensino, ministrando disciplinas e orientando trabalhos de conclusão de cursos (monografias), bem como por sua imensa colaboração para a ciência com vários trabalhos de pesquisa e coordenação de projetos nacionais e internacionais. Tudo isso faz com que ela seja lembrada como parte do Câmpus de Nova Xavantina e de toda a UNEMAT.
Beatriz trabalhou no Curso de Ciências Biológicas do Câmpus da UNEMAT de Nova Xavantina desde o ingresso da primeira turma no ano de 1993. Ela graduou-se em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em 1987. fez mestrado em Botânica pela Universidade de Brasília (UnB) em 1997, onde doutorou-se em Ecologia no ano de 2005. Possui pós-doutorado pela Universidade de Leeds, na Inglaterra, realizado entre 2012 e 2013.
A Doutora Beatriz Schwantes, “Bia” como sempre foi chamada pelos colegas e amigos, tem vasta experiência nas áreas de botânica e ecologia da vegetação e atuou durante sua produtiva carreira em florística, estrutura e dinâmica de cerrado, cerradão e florestas, ecologia de campos de murundus e pantanal. Muito atuante, ela participa ainda, como pesquisadora das redes RAINFOR e Global Ecosystems Monitoring, da Universidade de Oxford. além disso coordena, desde 2010, o projeto Transição Cerrado-Floresta Amazônica: bases ecológicas e socioambientais para a conservação (PELD-CNPq).
Reconhecimento
O biólogo David Munaro, graduado na primeira turma do curso de Ciências Biológicas do Câmpus de Nova Xavantina em 1996 e hoje diretor da Escola Estadual 20 de Março no município de Querência, destaca: “fui aluno da professora na graduação e na especialização. Me lembro perfeitamente das aulas da professora, uma profissional altamente comprometida, dedicada e sempre atenciosa com todos”. David é um dos tantos que tiveram suas vidas impactadas pela UNEMAT e que tiveram a oportunidade de aprender e conviver com a professora Beatriz durante a formação acadêmica.
Outra bióloga, a escritora Raquel Cantarelli, também se graduou na primeira turma e, assim como David Munaro têm boas lembranças da professora Beatriz. “A professora Beatriz é uma das pessoas mais fortes e determinadas que tive o prazer de conviver. Conheci sua dedicação à ciência e a implantação da UNEMAT em NX. Aposentada? Isso nunca! Corre sangue verde nas suas veias. Beatriz está só começando”. Diz, Raquel.
De certo modo ela está certa, pois a própria professora Beatriz escreveu em um grupo nas redes sociais após inúmeras parabenizações, “já entrei com o pedido para atuar como ‘Professora Sênior’...Vou continuar contribuindo. Podem contar comigo sempre”. E, com humor, exclama: “Se parar eu morro”.
Se os acadêmicos da primeira turma de Ciências Biológicas lembram-se com carinho e respeito da professora Beatriz mesmo depois de 30 anos, os acadêmicos de hoje, na graduação e na pós-graduação, ampliam esses sentimentos e enaltecem orgulhosamente as qualidades profissionais e humanas dessa incansável pesquisadora.
O biólogo Fernando Elias, que foi aluno da professora Beatriz na graduação e no mestrado e que há quase 11 anos trabalha com ela no laboratório de Ecologia Vegetal (LABEV), destaca seu papel de mentora e orientadora, dele e de tantos outros profissionais que tiveram essa oportunidade no interior do Estado de Mato Grosso. O doutor Fernando não esconde o entusiasmo ao falar da professora e relata: “me lembro do meu primeiro campo no Parque Estadual do Araguaia. Tudo era novo para mim e a professora Beatriz às vezes parava o trabalho para explicar coisas básicas...sempre com atenção e carinho...sempre disposta a ajudar”. Essa disposição em ajudar talvez seja a sua característica mais evidente entre a comunidade acadêmica, contracenando com sua brilhante atuação na pesquisa e na extensão universitária.
Halina Soares Jancoski, bióloga e doutora em Ecologia e Conservação pelo Programa de Pós-Graduação de Nova Xavantina, também reconhece o trabalho da professora Beatriz. Segundo Halina, a professora “veio ao mundo para ensinar e também está apta para aprender. É o tipo de professor que está aberto às inovações, as mudanças e ao futuro”. Emocionada, ela destaca a sensibilidade e a firmeza com que a professora desempenha o seu trabalho. “A professora Beatriz consegue enxergar as diferenças entre os acadêmicos, incentivando e motivando a criatividade de todos. Ela semeou boas sementes em cada um de nós e nos fez acreditar que o nosso trabalho é importante e que a nossa universidade do interior tem tudo para se tornar uma grande universidade”.
A doutora Simone Mathias Reis, colaborou com essa matéria fazendo um agradecimento emocionado em vídeo. Outros também enviaram vídeos. Que tiveram algumas partes transcritas. Mas é uma tarefa difícil transferir os sentimentos para as linhas de um texto, mesmo que este venha carregado de emoção. Já que esta matéria tem a intenção de homenagear alguém que admiramos. Por isso, mesmo merecendo ser transcrito na totalidade, foram selecionados alguns trechos do depoimento de Simone, que durante toda a sua fala expressa profunda gratidão à professora Beatriz, com palavras ela nos conta como foi e é conviver com ela, aprender com ela e, sobretudo, o quanto ela transformou sua vida e de tantos outros estudantes de escolas públicas que, como Simone, puderam fazer doutorado no exterior, o que antes era apenas um sonho. Com os olhos, a doutora Simone diz muito mais. É um misto de reverência e admiração que deixam claro o quanto a “Bia” foi capaz de fazer a diferença. “Ela é um exemplo. Nunca parou, sempre buscando mais. E mesmo nessa correria toda que ela vive ela sempre encontra tempo para falar sobre ecologia. Basta alguém perguntar alguma coisa sobre ecologia que ela pára tudo e dá uma aula sobre o assunto, sempre com carinho e preocupação com todos...ela torce e vibra por cada conquista de seus alunos...ela incentiva todos a continuarem em frente...poderia ficar horas falando das qualidades da professora Beatriz....ela é uma mulher fascinante...nas Ciências ela é muito rígida e rigorosa...”. Diz Simone Reis no seu depoimento.
Para o professor Cesar Crispim Vilar, Diretor Político, Pedagógico e Financeiro do Câmpus (DPPF), “a liderança e a dedicação com que a professora Beatriz conduz o seu trabalho resultou em um legado muito importante para a UNEMAT, transformando a instituição, o Câmpus e o Município de Nova Xavantina.
Sem dúvida, a professora Beatriz gravou na seu nome na ciência e no Câmpus e ajudou a escrever a história da Universidade do Estado de Mato Grosso. Beatriz é casada com o também professor e pesquisador Ben Hur Marimom Júnior. Eles estão juntos há 32 anos e têm dois filhos e um neto, Rodrigo, Alessandra e o pequeno Rafael.
Por Rubens José Bedin
Por Ben Hur Marimon Júnior |
Por Ben Hur Marimon Júnior |
Por Ben Hur Marimon Júnior |
Por Ben Hur Marimon Júnior |
Por Ben Hur Marimon Júnior |
Acervo do Câmpus da Unemat/NX |
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